eu creio que morreria, mas não por medo, vergonha ou timidez,
mas simplesmente por não ter a mínima idéia de como me explicar.
Eu não sei como, mas sei que trago comigo o maior carinho por algumas pessoas,
mas que quando estão por perto, coitadinhas, acabam ouvindo as minhas insistentes reclamações por isso ou por aquilo.
Eu sei que as amo, e que tudo faria por elas, mas só sei me relacionar se for gritando, reclamando, brigando… É estranho, eu sei, mas acho que já é costume meu brigar, e o que acalma a situação é o fato de que também já é costume dessas pessoinhas aceitarem esse meu jeito um tanto desagradável.
O impressionante mesmo é que esses meus surtos de raiva só ocorrem com quem eu realmente amo.
Eu deveria ser uma boa lembrança à essas pessoas que colorem os meus dias,
e ao contrário disso, por pura falta de noção, acabo deixando marcas não tão agradáveis.
É meu jeito diferente e ridículo de ser.
Mas não sou tão insensível assim, eu tenho as minhas próprias formas de dizer que amo;
e as minhas atitudes estranhas para os meus lindos sentimentos, nada são comparadas ao que eu realmente queria demonstrar.
Eu sei amar, mas amo ao meu modo. Nunca li em lugar algum que se tem o jeito certo de amar, e, portanto, busco ainda encontrar pelo menos o mais aceito.
Mas eu amo.
Eu sei que amo. E às “vítimas” do meu amor, apenas desejo que não me abandonem pelo fato de eu ser assim, e sim que tenham paciência para ver como será quando eu perder o péssimo costume de brigar tanto por muito amor.
